Menopausa: o que é e como lidar?

JCS      sexta-feira, 1 de novembro de 2019

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A menopausa não é uma doença, mas uma fase natural da vida da mulher, e algumas passam por ela sem queixas; outras têm sintomas que variam na sua diversidade e intensidade.

Em ambos os casos, o importante é voltar a atenção para os cuidados com a saúde, para prevenir o surgimento de doenças características dessa fase e garantir que a mulher passe pela menopausa com qualidade de vida e muita disposição!

Na atenção à sua saúde precisam ser oferecidas informações detalhadas sobre as variadas facetas dessa nova etapa da vida, encorajando a mulher a vivê-la com mais energia, coragem e a aprender os limites e oportunidades do processo de envelhecimento, abrangendo as transformações que ocorrem durante esse período.

A Menopausa é um declínio natural nos hormônios reprodutivos quando uma mulher atinge 40 ou 50 anos.

Hormônios... a menina que vai entrando na puberdade; a mulher que tem TPM; a gestante; ou a que está chegando na menopausa, todas elas estão propensas a variações hormonais significativas que influem também na parte emocional. As meninas geralmente tem a sua primeira menstruação entre os 11 os 13 anos.

Nesta época, os hormônios ficam loucos, pois ainda não existe ovulação e, então, predominam os estrogênios sobre a progesterona.

Os estrogênios atuam no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários: crescimento de mamas, distribuição da gordura corporal tipicamente feminina; enquanto os androgênios, inicialmente da supra-renal e depois dos ovários, fazem aparecer os pelos axilares e pubianos.

Todos os óvulos que a mulher produzirá ao longo da vida têm sua origem em células germinativas (ou folículos) dos ovários já presentes no instante do nascimento. Essa reserva é usada desde a primeira menstruação (menarca) até a última (menopausa).

Mulher nenhuma é capaz de formar novos folículos para repor os que se foram.

Quando morrem os últimos deles, os ovários entram em falência e as concentrações dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona, caem irreversivelmente.

Quando a mulher tem uma queda de estrogênio (o primeiro da escala hormonal do ciclo feminino), geralmente o seu nível de serotonina (neurotransmissor cerebral ligado a transtornos de humor) também diminui, podendo, assim, acarretar depressão. 

As mulheres nascem repletas de folículos, responsáveis pela secreção dos principais hormônios ovarianos. E, quando não acontece a fecundação, os níveis de estrogênio e progesterona (segundo hormônio do ciclo feminino) diminuem, fazendo com que descame e sangre aquela camada preparada dentro do útero para receber o bebê, ocasionando a menstruação.

Além disso, quando os folículos acabam esse período é comumente designado de menopausa, que, na realidade, seria a última menstruação espontânea da mulher. Deve-se passar pela menopausa como um processo natural com tratamentos que visem o alívio dos sintomas.

Fazer a Terapia Hormonal (TH) com Hormônios Bioidênticos iguais aos que nosso corpo diminuiu a produção ou deixou de produzir age repondo esses hormônios e ajuda a aliviar e até eliminar os sintomas vasomotores da menopausa, pois é considerada o principal tratamento sem efeitos colaterais para aliviar os sintomas que a grande maioria das mulheres enfrentam durante a menopausa.

A Terapia Hormonal, é um tratamento à base de hormônios e deve  ser utilizada por mulheres que estão no climatério (perimenopausa), menopausa ou pós-menopausa que são as três fases que compreendem a transição da fase reprodutiva para a fase não reprodutiva da mulher.

O início e a duração das fases variam de mulher para mulher, mas normalmente o climatério tem início por volta dos 40 anos e se estende até a menopausa (última menstruação), por volta dos 50, quando então se inicia a pós-menopausa.
 
Sintomas do climatério à pós-menopausa O climatério é marcado pelo decréscimo gradual do nível do hormônio estrogênio no organismo. Essa transição pode vir acompanhada por alguns sintomas que podem, ou não, perdurar até a pós-menopausa:  

 ● Irregularidades no ciclo menstrual – durante o climatério, o fluxo pode aumentar ou diminuir, a duração dos ciclos pode tornar-se mais longa ou mais curta e pode haver ausência de alguns ciclos. Quando a mulher contabilizar 12 meses sem menstruar, significa que ela está oficialmente na menopausa;


     ● Diminuição da fertilidade – com a irregularidade na ovulação, a habilidade da mulher de conceber filhos diminui significativamente. No entanto, enquanto houver ciclos menstruais, mesmo que irregulares, existe a possibilidade de engravidar. Portanto, mulheres que se encaixam nesse perfil devem prevenir-se contra gravidez, até permanecerem 12 meses consecutivos sem menstruar;

     ● Fogachos (calorões) – é um dos sintomas mais comuns e que pode ter início no climatério e perdurar até a pós-menopausa. Eles variam de intensidade, duração e frequência. Os fogachos são muitas vezes seguidos por calafrios, sendo que algumas  mulheres sentem somente o calafrio. Mesmo sendo de intensidade leve, os fogachos podem interferir no sono e podem até causar os chamados “suores noturnos”;


     ● Dificuldade para dormir – principalmente por causa dos fogachos, que interrompem o sono;

     ● Alterações de humor – mulheres às vezes relatam vontade de chorar, oscilações de humor, falta de energia, ansiedade, ataques de pânico e desânimo ou falta de coragem para enfrentar as coisas. Parte desses sintomas pode ser causada pelo sobe e desce dos níveis hormonais, e parte pela má qualidade do sono provocada pelos fogachos; 


● Secura vaginal e problemas na bexiga – a queda no nível de estrogênio pode diminuir a lubrificação e a elasticidade da parede vaginal, causando dores e desconforto nas relações sexuais. Baixa quantidade de estrogênio também deixa a mulher mais vulnerável a infecções vaginais e urinárias. A perda de elasticidade dos tecidos contribui para a incontinência urinária;


     ● Alterações na libido – a libido e o desejo sexual podem sofrer alterações durante o climatério. Mulheres que já tinham uma vida íntima satisfatória, frequentemente a mantêm durante essas etapas e no decorrer da vida ao repor seus ormônios;


     ● Perda de massa óssea – com o declínio dos níveis de estrogênio, o organismo passa a perder massa óssea, aumentando o risco de osteoporose, uma doença que fragiliza os ossos tornando-os vulneráveis a fraturas;


     ● Alterações nas taxas de colesterol – baixos níveis de estrogênio provocam o aumento das taxas de colesterol do sangue, especialmente do LDL-C (o “mau” colesterol), aumentando o risco de doenças cardiovasculares, tais como infartos, derrames e aneurismas.
Qual é o papel da TH na menopausa?

A TH age repondo os hormônios que o organismo passou a produzir em menor quantidade. Ela ajuda a aliviar e até eliminar os sintomas vasomotores da menopausa. Seu uso é indicado principalmente nos casos moderados a severos.

Quais são os benefícios da TH nos sintomas da menopausa?

A TH oferece benefício para o alívio de alguns dos principais sintomas da menopausa, a saber:

     ● Alívio dos fogachos (calorões) – a TH é considerada o tratamento mais efetivo contra os fogachos. O tratamento varia de mulher para mulher, e pode utilizar um ou mais tipos de hormônios. Os benefícios são ainda maiores quando a TH é iniciada antes dos 60 anos de idade e com menos de dez anos de menopausa;


     ● Melhora da secura vaginal e dos problemas na bexiga – a TH à base de estrogênios age diretamente no canal vaginal, melhorando sua espessura e elasticidade, contribuindo para uma atividade sexual sem dor ou desconforto. A TH também age beneficamente na uretra e na bexiga, diminuindo os sintomas de urgência urinária, bexiga hiperativa e risco de infecção urinária recorrente. 


     ● Previne a perda de massa óssea – a TH é eficaz na prevenção da perda de massa óssea associada à menopausa e diminui a incidência de fraturas. Os benefícios são ainda maiores quando a TH é iniciada antes dos 60 anos de idade e com menos de dez anos de menopausa;


     ● Melhora o humor e a qualidade do sono – uma vez que a TH apresenta alívio dos fogachos, ela também contribui para a melhora da qualidade do sono, que não sofre mais interrupções por conta dos calorões e suores noturnos; 


     ● Reduz o risco de diabetes mellitus tipo 2 – estudos demonstram que a TH reduz a resistência à insulina não relacionada ao índice de massa corporal (IMC);


     ● Diminui o risco de câncer colorretal – estudos apontam que a TH reduz o risco de câncer colorretal;


     ● Reduz o risco cardiovascular em mulheres jovens – a TH protege mulheres jovens com menopausa precose, mas oferece riscos para as mais idosas ou com menopausa há mais de dez anos;


     ● Diminui o risco de doença de Alzheimer – quando a TH é iniciada na transição da menopausa ou na pós-menopausa recente;


     ● Melhora a qualidade de vida – ao agir no alívio dos principais sintomas de algumas mulheres na menopausa, a TH contribui para a melhora da qualidade de vida como um todo.

Por quanto tempo a mulher precisa fazer uso da TH?

O tipo, a dosagem e a duração da TH depende de cada caso. A mulher em uso de TH deve estar acompanhada de orientação médica e seu tratamento será de acordo com seu histórico.

Existem riscos ou efeitos adversos no uso da TH?

Assim como todo e qualquer tratamento medicamentoso, a TH também oferece riscos e benefícios. Entre os riscos mais discutidos da TH estão as doenças cardiovasculares e o câncer de mama.

     ● Doenças cardiovasculares – antes, é preciso mencionar que, independentemente da TH, a doença que mais mata as mulheres no mundo são as doenças cardiovasculares, entre elas o infarto, a doença venosa crônica (DVC), o aneurisma e o acidente vascular cerebral (AVC), também chamado de derrame. Estudos apontam que, em mulheres saudáveis, sem doenças cardiovasculares, a TH traz benefícios cardiovasculares se for iniciada nos primeiros anos da menopausa.

     ● Câncer de mama – acontece devido a falta dos hormônios que protegem a mulher e devido ao uso equivocado de hormônios sintéticos como anticoncepcionais, uso de DIU e implantes.

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