Como os hormônios do ESTRESSE Adrenalina e Cortisol afetam nosso sistema imunológico

JCS      sábado, 5 de outubro de 2019

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A adrenalina ou epinefrina é um hormônio simpaticomimético e neurotransmissor responsável por preparar o organismo para a realização de grandes feitos, secretado pelas glândulas suprarrenais, assim chamadas por estarem acima dos rins.  Esse hormônio é liberado em resposta ao grande estresse físico ou mental, em situações de forte emoção como, por exemplo acidentes, festas, término de relacionamento, entre outros. Aquele frio na barriga na decida de uma montanha russa é um ótimo exemplo aplicado ao nosso cotidiano, onde o brinquedo simula uma situação de perigo, provocando uma descarga de adrenalina na sua corrente sanguínea, te deixando alerta. Este hormônio foi fundamental para a nossa vida e pode ser chamada de “essência da vida”. Graças a ele nossa espécie não foi a extinção. A adrenalina mantém acesa a vontade de viver, acionada em momentos de perigo. 


Os efeitos da Adrenalina
 

Toda vez que o seu sangue recebe uma dose extra de adrenalina, seu corpo responde imediatamente:

1. A pupila se dilata, aguçando a percepção visual.

2. Os vasos sanguíneos se contraem, tornando a pele mais pálida. No caso de ferimento, o corpo perde menos sangue.

3. Os músculos se tencionam, prontos para qualquer ação de emergência.

4. A transpiração aumenta, para que o corpo se mantenha frio.

5. O coração bate rápido e forte, para aumentar o fluxo de sangue aos órgãos vitais, em especial ao cérebro. A pressão arterial aumenta.

Tensão na vida cotidiana

Um estudo feito na University of Washington School of Medicine, em 1967, avaliou e criou uma escala de valores numéricos relacionados com situações estressantes que vai de 0 a 100 e que mede a quantidade de tensão na vida cotidiana, veja alguns dados:

Morte do cônjuge -100

Divórcio – 73

Morte de parente próximo – 63

Acidente ou doença – 53

Perda do emprego – 47

Dificuldades sexuais – 39

Morte de amigo próximo – 37

Mudança de setor no trabalho – 36

Brigas conjugais – 36

Início ou conclusão de curso universitário – 26

Mudança de casa – 20

Mudança de escola – 20

Mudança na dieta alimentar – 15

Período de festas natalinas – 12

Pequena infração à lei – 11


O Cortisol é outro hormônio liberado pelo corpo quando enfrentamos situações interpretadas como de perigo.

O Cortisol é alvo de muitas preocupações uma vez que quando ele se encontra em altos níveis ele pode trazer muitos malefícios, e quando se encontra muito baixo também, essa é a razão de precisar mante-lo equilibrado. 

 A função primeira do cortisol é ajudar o organismo a reduzir inflamações, controlar o estresse, ajudar no funcionamento do sistema imunológico, e manter os níveis de açúcar no sangue e a pressão arterial constantes.

O cortisol alto no sangue pode originar sintomas como perda de massa muscular, aumento de peso ou diminuição de testosterona ou ser indicativo de problemas, como a Síndrome de Cushing, por exemplo.

Já o cortisol baixo pode originar sintomas de depressão, cansaço ou fraqueza ou ser indicativo de problemas, como a Doença de Addison, por exemplo.

 

Cortisol Alto

O cortisol alto pode originar sinais e sintomas como:

  • Perda de massa muscular;
  • Aumento do peso;
  • Aumento das chances de osteoporose;
  • Dificuldade na aprendizagem;
  • Baixo crescimento;
  • Diminuição da testosterona;
  • Lapsos de memória;
  • Aumento da sede e da frequência em urinar;
  • Diminuição da libido;
  • Menstruação irregular.
     

Procure controlar os níveis de cortisol no sangue fazendo exercício físico regularmente, tendo uma alimentação saudável aumentando o consumo de vitamina C e diminuindo o consumo de cafeína.

Cortisol Baixo

O cortisol baixo pode causar sinais e sintomas de:

  • Depressão;
  • Fadiga;
  • Cansaço;
  • Fraqueza;
  • Desejo repentino de comer doces.


O cortisol baixo também pode indicar que o paciente tem Doença de Addison, que gera sintomas como dor abdominal, fraqueza, emagrecimento, manchas na pele e tonturas, principalmente ao levantar. 

A adrenalina e o cortisol ao serem produzidos com frequência, podem afetar o sistema imunológico causando estresse.

E quais os sintomas do estresse?

O estresse age sobre todo o corpo, havendo  algumas áreas mais vulneráveis aos efeitos da tensão prolongada por muito tempo:  Cérebro: recebe doses mais altas de substâncias químicas excitatórias, a atividade cerebral aumenta e as pupilas se dilatam para melhorar a visão. Grandes doses de estresse faz com que a pressão arterial aumente e possa ocorrer AVC e aneurismas.

Coração: os batimentos cardíacos aumentam e a pressão arterial sobe. O estresse contínuo causa grandes descargas de adrenalina, que aumentam a coagulação do sangue e contraem os vasos cardíacos crescendo muito a chance de um infarto.

Sistema Digestivo: o estresse muda o nível de acidez do estômago. Em altas doses, isso significa azia, má digestão, gastrite, dores de estômago, náuseas, colite e Inflamação Intestinal e até a formação de uma úlcera. O estresse obriga o fígado a produzir mais açúcar (glicose) com o objetivo de obter mais energia. Isso se traduz em um risco maior de sofrer com diabetes.

Músculos: recebem mais sangue e oxigênio e se contraem para melhorar a performance. A tensão constante causa dores principalmente no pescoço, costas e ombros, e um cansaço exagerado.

Boca: Pessoas estressadas podem causar destruição do tecido ósseo o que leva a perda dentária.  

Obesidade ou perda de peso: Há quem aumente a ingestão de alimentos calóricos diante do estresse com o objetivo de saciar esse desejo emocional, outras pessoas experimentam falta de apetite.

 

Perda de cabelo: Os níveis elevados de cortisol no sangue enfraquecem os folículos capilares ocasionando queda progressiva do cabelo. 
 

Aqui você pode observar os efeitos desastrosos do estresse sobre nosso corpo.  Respire fundo. Respire denovo e mantenha a calma e o senso de humor diante dos acontecimentos da vida. Estressar você já viu que não vale a  sua saúde. 
 

Dose seus níveis hormonais, uma vez que o exame é simples e pode ser feito através de uma amostra de sangue, saliva ou urina. Consulte o GUIA!

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